O estado de Goiás descartou recentemente um caso suspeito de influenza aviária no município de Barro Alto, após análises laboratoriais confirmarem resultado negativo para a doença. Apesar disso, o Brasil mantém 13 investigações em andamento sobre possíveis casos da gripe aviária, com foco principal em Minas Gerais e outras regiões. O cenário levou à adoção de medidas preventivas e à intensificação da vigilância sanitária em todo o país.
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) descartou nesta semana a suspeita de influenza aviária no município de Barro Alto. A investigação foi conduzida de forma preventiva após a chegada de ovos férteis oriundos do Rio Grande do Sul, estado que recentemente notificou foco da doença.
Durante a inspeção na propriedade, uma ave foi encontrada com sintomas respiratórios. Embora os sinais não fossem considerados graves, a Agrodefesa optou pela coleta de material biológico. As amostras foram enviadas para o laboratório de referência, que confirmou resultado negativo para influenza aviária.
Atualmente, não há nenhuma suspeita ativa de influenza aviária em Goiás. Segundo Rafael Vieira, diretor técnico da Agrodefesa, o único monitoramento em curso na região é no Distrito Federal, onde aves do zoológico local apresentaram sintomas.
Brasil monitora 13 casos suspeitos
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil conta com 13 investigações em andamento sobre casos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. A maioria das investigações acontece no estado de Minas Gerais. Outras investigações em andamento acontecem em São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Ceará.
Desde o início do monitoramento, foram notificadas 4.047 suspeitas de influenza aviária em todo o país, com a coleta de 1.126 amostras para análise laboratorial. As investigações fazem parte do protocolo de vigilância para a Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, que inclui a detecção de vírus como a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
Impacto nas exportações e medidas preventivas
A confirmação de um caso de IAAP em uma granja de aves comerciais no Rio Grande do Sul, há cerca de duas semanas, resultou em medidas restritivas e comerciais por parte de diversos países. Recentemente, a China emitiu uma proibição à importação de carne de frango brasileira e produtos relacionados.
Em resposta, o governo brasileiro prorrogou por 180 dias a vigência da emergência nacional para influenza aviária e reforçou as ações de vigilância ativa, monitoramento de aves silvestres e domésticas, orientação a produtores e fortalecimento das medidas de biosseguridade. O estado de Goiás também prepara um novo decreto de emergência zoossanitária, alinhado à decisão do Mapa.
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