O Governo de Goiás lançou nesta quinta-feira (26), no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, o projeto Integração Hospitalar em Rede. A ação tem como objetivo principal reduzir pela metade o tempo de espera por atendimento hospitalar em 24 unidades da rede pública estadual, atuando inicialmente em hospitais regionais de média e alta complexidade, distribuídos nas cinco macrorregiões de saúde do estado.
O projeto, realizado em parceria com o Instituto de Melhoria da Saúde (IHI) e o Hospital Israelita Albert Einstein, terá execução prevista de aproximadamente 18 meses, segundo informações do governo estadual.
O modelo adotado prevê a realização de diagnósticos para identificar gargalos, capacitação das equipes, formação de multiplicadores e aplicação de metodologia focada em fluxo eficiente de pacientes. Também faz parte da proposta a integração entre unidades e o uso inteligente de dados para previsão de demanda e agendamento cirúrgico. Segundo o governador Ronaldo Caiado, o sistema de rede integrada permitirá identificar de forma rápida a disponibilidade de leitos e direcionar o próximo paciente de acordo com a gravidade, reduzindo o tempo médio de permanência e aumentando a rotatividade dos leitos. De acordo com o governo, a expectativa é de uma economia de cerca de R$ 500 milhões com a medida.
O secretário de Saúde, Rasível dos Santos, destacou que o novo sistema vai possibilitar a conciliação eficiente entre leitos e pacientes, ampliando o acesso e diminuindo a letalidade associada à demora para internação. Já o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, ressaltou a experiência da instituição em projetos semelhantes – com mais de 1.500 iniciativas na América Latina, beneficiando 4,5 milhões de pessoas e gerando economia pública de R$ 1,3 bilhão – e afirmou que Goiás pode se tornar referência nacional em gestão hospitalar.
A iniciativa recebeu elogios de diretores de hospitais estaduais, como o Hugol (Hospital de Urgências de Goiás). Guillermo Sócrates, diretor do Hugol, explicou que os mais de 515 leitos da unidade precisam de ordenamento que atenda tanto urgências quanto pacientes eletivos com agilidade. O subsecretário Luciano de Moura Carvalho acrescentou que o projeto foi desenvolvido ao longo de sete meses e que a maturidade do ecossistema de saúde em Goiás sustenta iniciativas desse porte.
O Integração Hospitalar em Rede representa uma mudança estrutural na gestão da saúde pública estadual, integrando unidades para evitar superlotação, encurtar filas por leitos e agilizar internações. O projeto começa agora nas 24 unidades-piloto, com previsão de expansão posterior à rede privada e aos municípios.
