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Pires do Rio

Corpo de Juliana Marins será cremado nesta sexta-feira em Niterói após nova autópsia

Velório ocorre no Parque da Colina com restrição a fotos e contato; família aguarda laudo da autópsia realizada no Brasil.
Corpo de Juliana Marins será cremado nesta sexta-feira em Niterói após nova autópsia (Foto: Reprodução)

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, será cremado nesta sexta-feira (4 de julho de 2025) no Cemitério e Crematório Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói (RJ). O velório foi iniciado às 10h, com acesso aberto ao público até às 12h. Após esse horário, a despedida será restrita a familiares e amigos próximos. Para preservar a privacidade da família, foi proibido o uso de celulares para fotos e vídeos, além de limitar o contato dos presentes com os enlutados, conforme informado pelos familiares.

Juliana Marins teve o corpo resgatado em 24 de junho, após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, onde permaneceu por quatro dias até ser retirada pelas equipes de resgate. Ao chegar ao Brasil em 1º de julho, o corpo foi submetido a uma nova autópsia no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, procedimento realizado por determinação judicial a pedido da Defensoria Pública da União. O exame foi concluído em 2 de julho e o laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias.

De acordo com o defensor público Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, a solicitação de uma nova perícia no Brasil foi motivada pelo objetivo de garantir o direito ao luto da família e respeitar a dignidade da vítima. Segundo o defensor, o desejo de Juliana pela cremação foi expressamente comunicado e “muito negligenciado pelas autoridades da Indonésia”. A autorização judicial para a cremação foi concedida pelo juiz Alessandro Oliveira Felix, da Vara de Registros Públicos da Capital, após a apresentação dos documentos e a liberação do corpo pela Justiça Federal.

A primeira autópsia, realizada ainda na Indonésia, apontou como causa da morte um grave trauma torácico, hemorragia interna e múltiplas fraturas, sem sinais de hipotermia, segundo laudo do legista local. O óbito foi estimado entre os dias 24 e 25 de junho. Já a autópsia realizada no Brasil foi alvo de questionamentos técnicos, já que o corpo havia sido embalsamado e examinado anteriormente, o que pode dificultar a obtenção de novas evidências — apesar de ainda ser possível confirmar ou descartar eventuais inconsistências no laudo original, segundo peritos ouvidos sobre o caso.

Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ, dançarina de pole dance, e morava em Niterói. Desde fevereiro, ela viajava pela Ásia em um mochilão, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

O caso teve ampla repercussão nacional e mobilizou diferentes autoridades. O Itamaraty foi acionado para intermediar as negociações, houve cobrança por maior agilidade no resgate e o governo federal revogou o decreto 9.199/2017, editando o decreto 12.535 em 26 de junho de 2025, permitindo que o Estado brasileiro arcasse com o translado do corpo. A Prefeitura de Niterói também prestou apoio logístico e financeiro à família durante o processo.

Até a última atualização, a cremação estava marcada para depois das 15h desta sexta-feira, em cumprimento ao desejo manifestado por Juliana, enquanto o laudo preliminar da autópsia brasileira deve ser concluído até 9 de julho de 2025. O caso segue acompanhado pela Justiça Federal e pela Defensoria Pública da União.

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