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Pires do Rio

Corpo de Juliana Marins deixará a Indonésia nesta terça-feira (1/7)

Brasileira que morreu após queda no Monte Rinjani, em Bali, será submetida a nova autópsia no Rio de Janeiro; translado teve apoio do governo federal e Prefeitura de Niterói.
Corpo de Juliana Marins deixará a Indonésia nesta terça-feira (Foto: Reprodução)

O corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, deixará a Indonésia nesta terça-feira (1º), com previsão de chegada ao Rio de Janeiro na tarde de quarta-feira (2). A informação foi confirmada pela companhia aérea Emirates, que detalhou o itinerário: a saída será de Bali com escala em Dubai, onde o caixão será transferido para outro voo, previsto para pousar no aeroporto do Galeão às 15h50.

De acordo com a Emirates, desde o acidente ocorrido no Monte Rinjani, em 21 de junho, houve coordenação com autoridades locais para viabilizar o traslado. Segundo a companhia, restrições operacionais atrasaram os preparativos, e a empresa manifestou condolências à família de Juliana, que chegou a relatar insatisfação com o suposto “lotamento no bagageiro” em voos anteriores.

Juliana morreu após cair na cratera do vulcão Rinjani enquanto fazia trilha na ilha de Lombok. O acidente ocorreu em 21 de junho, ela foi localizada sem vida no dia 24 e o resgate do corpo aconteceu em 25 de junho. O laudo da autópsia realizada pelas autoridades indonésias, divulgado em 27 de junho, apontou traumatismo por contusão e hemorragia interna como causa da morte, ocorrida cerca de 20 minutos após a queda, sem sinais de hipotermia.

Após a confirmação do translado, a família, com apoio da Defensoria Pública da União em Niterói, pediu à Justiça Federal a realização de uma nova autópsia no Brasil, alegando dúvidas sobre o laudo estrangeiro. Segundo a Advocacia-Geral da União, a instituição dará apoio ao pedido, e o exame será realizado assim que o corpo chegar ao país.

O processo de repatriação envolveu impasses. O Ministério das Relações Exteriores explicou que, por decreto vigente na época do acidente, não cabia ao Itamaraty arcar com o custo do traslado, o que inicialmente ficou sob responsabilidade da família e da Prefeitura de Niterói. A situação foi alterada após decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinado em 26 de junho, assumindo oficialmente os custos federais.

A Prefeitura de Niterói também destinou R$ 55 mil para apoiar o transporte do corpo até o Brasil. Em homenagem à jovem, a administração municipal anunciou que um mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, receberão o nome de Juliana Marins.

O caso segue sob acompanhamento da Justiça Federal, que aguarda a chegada do corpo para a realização da nova perícia médica, conforme solicitação da Defensoria Pública.

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