A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta nesta terça-feira (24/6) após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, vulcão ativo situado na ilha de Lombok, na Indonésia. A informação foi confirmada pela família, que acompanhou as buscas intensas realizadas desde o último sábado (21/6).
Juliana caiu em um trecho considerado perigoso do vulcão durante a madrugada de sábado. Segundo relato da família e informações apuradas por portais internacionais, a jovem se separou do grupo com o qual fazia trilha, escorregou em terreno íngreme e despencou por dezenas de metros até ficar presa em uma encosta de acesso extremamente difícil, sem água ou abrigo.
As buscas só conseguiram localizar o ponto exato onde Juliana estava após drones captarem imagens aéreas. Ela foi encontrada a aproximadamente 500 a 650 metros abaixo do início da queda, em um trecho dominado por rochas soltas e densa neblina.
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Equipes de resgate formadas por cerca de 48 militares e socorristas especializados atuaram durante quatro dias enfrentando obstáculos severos, como solo instável, relevo acidentado, neblina espessa e escuridão. Helicópteros chegaram a ser mobilizados, mas as condições climáticas impediram a aproximação ao local onde Juliana estava.
De acordo com o Parque Nacional do Monte Rinjani, em alguns momentos as equipes precisaram montar acampamentos provisórios na encosta para aguardar melhores condições de resgate. Os socorristas conseguiram avançar até aproximadamente 650 metros da vítima, mas em determinados períodos as tentativas de retirada precisaram ser interrompidas devido ao risco elevado para as equipes.
Na manhã de terça-feira, sete socorristas conseguiram finalmente chegar até Juliana, já sem vida. A família comunicou o desfecho por meio das redes sociais: “Com imenso pesar, informamos que ela não resistiu.” O Parque Nacional informou que os trabalhos continuam focados agora na remoção do corpo, utilizando técnicas de resgate vertical, drones e apoio aéreo, à medida que as condições do clima e da encosta permitirem.
Juliana Marins era publicitária e viajava pela Ásia desde fevereiro deste ano, tendo passado por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. Nas redes sociais, compartilhava experiências de mochilão e demonstrava entusiasmo por desafios ao ar livre e contato com a natureza.
O acidente reacendeu a atenção para os riscos das trilhas no Monte Rinjani, que possui cerca de 3.700 metros de altitude e terrenos considerados traiçoeiros. O local é popular entre aventureiros, mas registra histórico de acidentes fatais, como o caso de uma turista malaia em maio e de um português em 2022.
O Itamaraty e a embaixada do Brasil em Jacarta acompanham o caso desde o início das buscas, mantendo contato com autoridades indonésias e prestando suporte à família de Juliana. O pai da jovem embarcou nesta terça-feira para Bali, onde irá acompanhar de perto o resgate do corpo e tratar dos trâmites consulares.
O Parque Nacional do Monte Rinjani permaneceu temporariamente fechado no trecho afetado para garantir a segurança das equipes e não interferir nas operações de resgate. O corpo de Juliana ainda aguarda condições favoráveis para ser evacuado do local de difícil acesso. O caso permanece sob responsabilidade das autoridades de busca e salvamento da Indonésia, com apoio diplomático do governo brasileiro.
