O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), emitiu nesta terça-feira (17/6) um alerta à população sobre a necessidade de redobrar os cuidados no combate ao mosquito Aedes aegypti durante o período de estiagem. Segundo a pasta, a ausência de chuvas faz com que os criadouros do vetor migrem de áreas externas, como lotes baldios e locais de descarte irregular de lixo, para o interior das residências. Entre os principais pontos de atenção estão reservatórios de água, calhas entupidas, pratos de vaso, caixas-d’água destampadas, brinquedos, pneus e recipientes abandonados.
De acordo com a SES-GO, os ovos do mosquito podem sobreviver até um ano e eclodir no primeiro contato com água, o que torna fundamental manter todos os recipientes limpos e vedados durante todo o ano. Até o momento, Goiás registrou 111.682 notificações de dengue e 63.866 casos confirmados em 2025, uma redução de 71% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da queda, 45 óbitos já foram confirmados e outros 66 permanecem em investigação, conforme dados da secretaria.
A orientação é que a população elimine objetos que possam acumular água, preencha pratos de vasos com areia, mantenha calhas limpas e caixas-d’água tampadas, além de descartar corretamente materiais como latas, garrafas, pneus, brinquedos e potes. O objetivo, segundo a SES, é interromper o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti e reduzir os riscos de transmissão da dengue, zika e chikungunya.
No que diz respeito à vacinação, o governo informou que 502.157 doses já foram aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos – sendo 356.830 da primeira dose e 145.327 da segunda. Cerca de 140 mil pessoas desse grupo, equivalente a 45,95%, ainda não completaram o esquema vacinal. Em abril de 2024, a estratégia foi ampliada para pessoas de 4 a 59 anos, com 554.630 doses administradas. Contudo, mais da metade desse público, 51,15% (172.620 pessoas), não recebeu a segunda dose dentro do prazo recomendado.
A SES-GO reforça que a vistoria semanal nas residências é fundamental para evitar novos criadouros e destaca a importância de completar o esquema vacinal, medida considerada essencial para conter a circulação do vírus no estado. O caso segue sob monitoramento das autoridades de saúde, que recomendam a continuidade das ações preventivas em todo o território goiano.
