A população de Ipameri, no sudeste goiano, ganhou uma nova ferramenta para conhecer e valorizar a biodiversidade do município. O Projeto Árvores Interativas foi lançado recentemente em uma parceria entre a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Prefeitura Municipal, com o objetivo de aproximar moradores e visitantes da flora nativa por meio da tecnologia.
O primeiro passo da iniciativa foi a instalação de placas com QR Code em árvores do entorno do lago municipal. As placas foram fixadas de forma técnica, utilizando apenas abraçadeiras que não perfuram o tronco, em um procedimento que, segundo a Prefeitura de Ipameri, foi pensado para preservar a saúde das árvores. Os técnicos responsáveis garantem que o método não compromete os processos fisiológicos dos exemplares nem causa danos, uma vez que não há uso de pregos, picadas ou inserção de materiais estranhos.
Durante passeios pelo local, basta apontar a câmera do celular para o QR Code instalado e acessar informações detalhadas sobre cada espécie. O visitante encontra dados como nome científico, principais usos, status de ameaça de extinção, curiosidades e outros aspectos relevantes, promovendo educação ambiental de forma interativa e acessível. A proposta associa tecnologia e natureza em um mesmo espaço, incentivando o reconhecimento das árvores nativas do Cerrado presentes na paisagem urbana de Ipameri.
De acordo com registros em plataformas botânicas, a cidade abriga espécies como ipê, jatobá, jatobazeiro e ingazeiro, entre outras. Essas árvores provavelmente integram o projeto, embora ainda não haja divulgação oficial da lista de espécies incluídas na ação. Também não foi informado até o momento o número exato de exemplares que receberam as placas, dado que permanece pendente por parte dos organizadores.
A iniciativa acompanha uma tendência nacional de uso da tecnologia para ampliar o alcance da educação ecológica em espaços públicos, parques e áreas de lazer. A UEG, parceira da Prefeitura, está envolvida no acompanhamento e desenvolvimento do projeto, com participação de estudantes e pesquisadores em atividades de extensão e monitoramento da resposta do público. O modelo, segundo a universidade, pode ser replicado em outros municípios futuramente.
A Prefeitura de Ipameri informou que pretende expandir o projeto para outros espaços públicos da cidade, dependendo da aceitação e avaliação inicial feita junto aos moradores e visitantes. O projeto segue em fase de implantação e análise, sem previsão divulgada para futuras expansões, mas com potencial para alcançar outras áreas verdes do município.