A polêmica envolvendo o prefeito de Pires do Rio, Hugo do Laticínio, e a ex-vereadora Amélia Móveis ganhou novos desdobramentos na manhã desta quarta-feira (25). Após a ampla repercussão dos vídeos publicados nas redes sociais, Amélia enviou um áudio à redação do Correio Goiás detalhando sua versão dos fatos e reforçando as acusações de agressão.
No áudio, Amélia relata que marcou um horário para conversar com o prefeito, mas, ao chegar à Prefeitura, não foi recebida no gabinete e sim em um espaço comum, destinado ao atendimento da população.
Segundo ela, o prefeito se recusou a atendê-la de forma reservada e afirmou que sua filha permaneceria no local gravando a conversa. “Eu não tenho nada a esconder”, disse Amélia, que afirma ter iniciado a reunião questionando o motivo de sua exoneração do cargo, já que, segundo ela, o prefeito teria dado outra justificativa em ocasiões anteriores.
De acordo com a ex-vereadora, a situação se agravou quando o prefeito teria se exaltado, iniciado agressões verbais e, em seguida, ocorrido a agressão física. “Ele realmente me bateu, me jogou no chão”, afirmou Amélia. Ela também relatou que, ao tentar impedir a gravação feita pela filha do prefeito, houve novo desentendimento e, segundo seu relato, a agressão mencionada anteriormente “não foi daquele jeito”. Amélia pediu desculpas à população pelo ocorrido e alegou que não houve registro de boletim de ocorrência a pedido do prefeito, “porque eu fui agredida e quando um homem agride uma mulher, vocês sabem o que acontece”.
A ex-vereadora ainda mencionou que sua intenção era discutir projetos e sugerir emendas para o município, mas lamentou o desfecho. Amélia encerrou seu depoimento relatando ter sofrido uma lesão na cabeça e desejou força à população de Pires do Rio. Ela também citou ameaças envolvendo a presidente da Câmara, sem entrar em detalhes. Ouça o áudio:
O prefeito Hugo do Laticínio, por sua vez, mantém sua versão divulgada em vídeo, negando agressão e afirmando que a filha foi vítima de um tapa desferido por Amélia dentro do gabinete. Segundo ele, todos os procedimentos legais foram seguidos, incluindo exame de corpo de delito e registro na delegacia.
Até o momento, não há confirmação oficial de abertura de inquérito policial ou manifestação formal da Polícia Civil sobre o caso. O episódio segue repercutindo fortemente nas redes sociais e grupos locais, com os dois lados mantendo versões opostas.